quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Experimentos

Eu tinha dito que planejava fiar a lã naturalmente colorida e criar fios do tipo 3-ply - três singles torcidos juntos. Mas a impaciência foi grande - mal comecei a fiar a segunda cor e fiquei louca para criar uma primeira combinação. Então fiz o plying só com dois singles, mesmo - o bege-acinzentado e o marrom.

Aqui vão os detalhes da experiência; as fotos não estão muito boas porque estava chovendo horrores e eu fotografei dentro de casa: o flash da máquina é acionado e as imagens ficam com brilho demais, cores alteradas, essas coisas.

A primeira etapa era ter bolas prontas de singles nas duas cores:
Em seguida, posicionei as bolas para a roca fiar; eu poderia ter fiado a partir das próprias bobinas, utilizando um suporte chamado lazy kate; mas eu preferi passar os singles das bobinas para o niddy-noddy - o que ajuda a distribuir a torção e me permite saber a metragem; aí não dá para fiar a partir de meadas - foi preciso transformá-las em bolas: 

Finalmente, uma meada prontinha,medindo 180 jardas (cerca de 160 metros):
 

Também não gostei muito desse fio 2-ply: não achei que a definição do ponto ficou boa. Enfim, agora é partir para a produção mais cuidosa e visando um fio mais clássico. Já estou aqui fazendo o plying das outras três meadas mais claras - torcendo os três singles juntos. Parece que vai ficar bem mais bacana. Mas isso eu mostro depois.

Inté!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Atendendo a pedidos

Pediram para eu publicar a receita do cachecol da última postagem. Vi essa peça no blog Mason-Dixon Knitting, e o ponto também está no livro Super Stitches Knitting. Fiz esta outra versão uns dois anos atrás, com o fio Atena da Cisne:



Obs.: Como tricoto a partir de livros importados, não estou familiarizada com a terminologia em português. Não é frescura, tá? Meus motivos são: 1, não há livros com receitas em português (alguns estão despontando no mercado, traduzidos, mas por enquanto são só flores e quadrados em tricô); 2, as revistas brasileiras só publicam receitas para magras - manequim 38, 40... raramente eu folheio uma revista com receitas em tamanho 42 ou 44. 46 e 48? Nunca vi. E também acho as receitas brasileiras muito superficiais, com poucas explicações: se você sabe, faz sem a receita; se nunca fez aquele tipo de peça, a receita não vai te guiar em nada. As publicações estrangeiras são meticulosas, com receitas muito detalhadas, esquema, dicas, orientações... e em tamanhos até o da Wilza Carla. Sempre. É regra para eles.

Mas vamos lá, o cachecol é bem simples:


SKP: um ponto sem fazer (como meia), 1M, passar o ponto que não fez por cima do meia.


K2tog: fazer dois pontos meia juntos.


Montar 22 pontos (ou múltiplos de 5 + 2)

Carreira 1: 2T, 3M, encerrar com 2T;

Carreira 2 (e todas as carreiras pares): 2M, 3T, encerrar com 2M;

Carreiras 3 e 4: repita as carreiras 1 e 2;

Carreira 5: 2T, *1M, 1 laçada, SKP, 2T; repita partindo do * até o fim da carreira;

Carreira 6: como todas as carreiras pares;

Carreira 7: 2T, *K2tog, 1 laçada, 1M, 2T; repita do * até o fim da carreira;

Carreira 8: como todas as carreiras pares.

Repita as carreiras 5, 6, 7 e 8 até ter o comprimento desejado; encerre com as carreiras 1 e 2, duas vezes.

É só isso. Perguntaram também se o cachecol está à venda: não, é um presente para uma amiga que faz aniversário em breve! 

Tenham um boa semana!!!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Blocando

Esses dias eu falei sobre o crimp - uma característica da lã; ela se comporta como nosso cabelo: penteou, esticou; molhou, encolheu. Por conta disso, é sempre bom blocar as peças depois de prontas: umedecer, abrir bem em uma superfície plana, e deixar secar. O caimento melhora e o ponto trabalhado aparece bem mais, conforme mostram as fotos abaixo:


1. Antes de blocar;
2. Umidecido e aberto em superfície plana;
3. Depois de blocado;
4. A peça ficou leve e com o caimento mais natural;
5. Posando para a foto - de cachecol, em janeiro, no Hemisfério Sul!

Agora é aguardar alguns meses para usar. Aqui no Sul de Minas normalmente dá para usar em maio. Até lá, fico só admirando: é bem legal acompanhar o processo todo, desde a lã branquinha que parece chantily, até a peça final, totalmente transformada. Por nossas próprias mãos. Não tem preço!

Bom domingo, até a próxima!