quinta-feira, 19 de julho de 2012

Manifesto contra o frio?

Quase isso. Andei sumida aqui do blog por duas semanas, e a causa principal, lamento dizer, foi o frio. Explico:

- Não tá dando para ficar sentada na frente do PC pesquisando ou digitando. As mãos congelam.
- Não tá dando para sentar diante da roca e ficar parada fiando - congela o corpo todo!

O que tá dando para fazer?

Bem, o ateliê de patchwork está funcionando em um ritmo calminho este mês, por conta das férias escolares - muita gente viajando e etc. Quando estou dando aula eu me movimento sem parar, então não sinto tanto frio. Mas quando a gente pára o corpo grita: Sol, please! Aí eu fico inventando desculpas para ficar no quintal - varrer, pendurar roupas, mexer com plantas, etc. Essa semana eu fiz um pouquinho de tricô - sentada ao sol. Mas meu hábito de assistir a filmes à noite, fazendo tricô ou fiando, já era. Assistir a filmes só debaixo de muitas camadas de cobertores e com uma fumegante caneca de chocolate nas mãos.

O que tricotei? Este "kit de emergência":


Uma boina e uma par de luvinhas sem dedos. As luvinhas quebram um galhão e me convenceram a sentar aqui hoje e tentar escrever:


Na foto acima, participação especial de meu pijama de flanela, que ainda não tirei apesar de já serem... que horas mesmo? Deixa pra lá!

A boina ainda está blocando, ou seja: molhei um pouquinho, espremi dentro de uma toalha e arranjei um prato dentro para ela secar no formato:


Espero que seque logo, antes que comece a nevar!

O fio é o Cascade 220 da Cascade Yarns. 100% lã peruana, custa cerca de seis dólares a meada e vem com 220 jardas - ou cerca de 200 metros. Quando comprei escolhi o cinza porque não deu para decidir entre as 170 cores disponíveis!

Nesse intervalo de tempo desde que escrevi pela última vez recebi pelo correio meu exemplar trimestral da Spin Off, revista sobre fiação artesanal que já citei aqui várias vezes. Nunca deixo de me espantar principalmente com uma sessão de notícias do mundo da fiação - fica bem claro o quanto a atividade é valorizada por lá. Essa última edição trouxe um artigo sobre uma mulher que comprou peças de bicicletas usadas e construiu... rocas!


Outro artigo bacana mostrou uma vinícula na Califórnia que abriu um estúdio de fiação e tem atraído mais visitantes ainda. No ano passado a proprietária, Lexi Boeger, instituiu o "Yarnival" - um festival anual de fibras que oferece cursos, material, inspiração, etc. - e o sucesso foi total. Já pensou com esse frio? Beber um vinhozinho e fiar? Não nessa ordem - eu teria de fiar primeiro e beber depois... Para saber mais, visite os sites da Boeger Winery e do Pluckyfluff Studios.

Mudando um pouco o assunto: tenho uma confissão a fazer. Gente, eu comprei. Sabe aqueles fios nacionais cheios de frescura, 100% sintéticos, que eu critico tanto? Comprei um novelo. Não me lembro agora o nome do fio nem o fabricante, mas é um fio daqueles cheios de pompons, para "tricotar" com agulhas gigantes:


Em minha defesa, só posso dizer: não tenho a menor intenção de tricotar com ele; comprei para enfeitar uma cortina. Acordei um dia com a macaca e enjoei de toda a decoração da casa, bem básica, em cores discretas e bem comportadas. Estou mudando tudo aos poucos, só acrescentando toques coloridos aqui e ali. Eu tinha visto na internet uma cortina simples como a do meu quarto, mas que tinha um acabamento de mini pompons coloridos em toda a volta. Mostrei a minha filha e ela perguntou: "é feito com aquela lã de pomponzinhos?" Não era, mas passou a ser! Ô, garota experta! Mas em vez de enfeitar o contorno eu exagerei e pendurei fios em todas as argolas:


Pronto! Cortina nova! 

Outros toques coloridos que acrescentei ao ambiente, sem gastar quase nada:

A cabeceira da cama box (idéia do Pinterest) foi feita com três futtons quadrados que comprei na loja de 1,99 - cada um custou oito reais; acrescentei faixas para pendurar, em tecido de patchwork, e forrei botões com a mesma estampa.

As almofadas são todas feitas em casa com tecidos que eu já tinha, assim como a colcha de retalhos floridos.

Troquei a cúpula do abajur por uma rosa-choque (minha filha adolescente está chocada até agora); a mini-cômoda que aparece na pontinha da foto é a que mostrei em uma postagem anterior, feita com pedaços de dois velhos criados-mudos; ainda preciso pintá-la.


Também com tecidos que já tinha, fiz este painel em patchwork para uma outra parede. Nesta foto ele ainda não está pronto - está sanduichado e alfinetado pronto para quiltar; ele na verdade já está pronto e pendurado no quarto, mas não sou boa em fotos dentro de casa - saem terríveis! 


Filtro dos sonhos feito com um circulozinho de crochê que eu já tinha (uma antiga amostra), um aro de plástico recortado de um pote (e forrado com fio perlé) e fitas, rendas, sianinhas e contas coloridas. Segundo a tradição, falta acrescentar uma pena.


O revisteiro é uma floreira de madeira, pintada de laranja. Também idéia do Pinterest.


Bastidores exibindo tecidos de algodão (essa idéia já é antiga, há anos vejo isso na internet); as borboletas são de mdf pintado. A foto não está boa - como disse, minhas fotos em ambientes internos nunca saem boas. 

Essa semana o pessoal do Fotoclube de Pouso Alegre está promovendo um curso aqui na cidade; eu queria muito fazer, mas no momento não tenho nem o horário livre nem o din-din. Um dia eu faço.

Por hoje é isso. Até a próxima!